sexta-feira, 24 de maio de 2013

Santificado, nome vão


O que ela insiste em encarar, ele insiste em esconder...

Ele se destaca na multidão
Não consegue compreender os motivos dela
Esquece da prece, há tempos não faz
Não quer entender

O medo enche logo o seu coração
Arrisca um suspiro diante da que era tão bela
A cor foge do rosto, já respira mal
Afasta-se de ser

Ele usa aquele nome em vão
Por que, dentre todos, aos céus apela?
Vai embora, depressa, não olha pra trás
Só quer esquecer

Ele agora só anda e olha pro chão
O céu funciona como uma remota capela
O desespero constrói a distância abissal
Começa a morrer

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