Não consegue mais olhar para as nuvens
Os olhos agora estão fixos no chão.
Tão distante, ouve-se um som amargo:
"Não olhe, não olhe..."
Cansou de esperar dos céus um socorro
Deu ouvidos à voz desesperada dos aflitos
Tão perto, o vento parece escrever:
"Não ouça, não ouça..."
Sem firmeza, parece andar sobre as nuvens
Vacila, mas executa seus passos no ar
Atinge o chão com espanto profundo
E tinge de rubro o chão tão cinzento.
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