Junta as mãos, deitada no chão
Dirige o seu olhar ao branco forro
Explora suas dores com doce afinco
Pois quer transformar o futuro em horas.
Recita, sem pressa, a velha oração
Não sente que não existe conforto
O tempo, no entanto, não atende os caprichos
De alguém que procura livrar-se do agora.
Ouve-se o som de um longo murmúrio
Repete o rito, mas perde o ritmo
O som diluído se traduz em desgosto.
Os lábios se fecham em um breve sussurro
- Percebe agora a dor de ter crido?
E mergulha sua prece no fim silencioso.
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