segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sacrifício



no time for goodbyes

Não viver.
Eu fiz isso por você.

Abri mão de minha coragem.
Hoje não sou nada além de surpresa.

E é assim que você me paga?
Com medo?

Vou viver.
E você não pode tirar isso de mim.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Vazio



No be, but be

Ser ou não ser?

Refletir sobre a essência das coisas é cansativo. Prefiro negá-las. É o caminho mais fácil para não doer: não ser. E não sendo, vou vivendo. E, se vivo, sou. Sei que é cansativo. Então, leia apenas de uma vez. 

Uma vez só...

De uma vez só, ela veio mudar o mundo. Ensinou-me coisas sérias de forma tola. Ensinou-me a ser. Uma ideia revoltante, eu sei... Pois não sou. E se não sou, eu vivo. Ou apenas sobrevivo?

Pare com a filosofia. Abrace o seu destino.

O meu cérebro fala isso. Nunca o vi, mas sei que existe. As ideias dela me alcançaram... O meu olhar continua perdido, mas agora enxergo o mar de possibilidades. "O destino é diferente de futuro...", diz o meu coração. Droga, me alcançaram mesmo... 

Então, sussurro àquela mão estendida:

- Obrigado.

Olá, futuro.
Para sempre.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Desespero




Uma piada de mau gosto. Eu me descreveria dessa forma. Esse sorriso que não sai do meu rosto reflete o que ocorre dentro de mim. Não tenho vontade de chorar, nem de sofrer. Apenas aprecio o momento e espero que ele seja o mais longo possível. Mais cedo ou mais tarde tudo acabará, então não é preciso ter pressa.

Talvez não acabe. Sinto como se não existisse fim.

Eis que surge aquela irônica criatura. Mais um sorriso no rosto de alguém... Pensei que conseguiria tirar aquele sorriso, mas em nenhum momento ele se deixou abater. O pior era entender que o sorriso dele tinha significado. E era um significado muito maior do que o meu desespero.

Pronto. O fim existe.

Por que essas lágrimas dela? Que idiotice... Ela sempre soube que um dia isso acabaria. Apenas eu que fingi não perceber... 

Lamento. Não quis parecer frio nesse momento. Eu sei que quando eu tocar o chão, tudo estará terminado.

Ele já parou de sorrir.
É mesmo o fim.

sábado, 2 de junho de 2012

Fanatismo


Sigo o ritmo dos pedestres. Amo esse passo lento... Continuo nesse cortejo e olho ao redor para ter uma ideia. Ideia de que? Afinal, minhas expectativas já estão depositadas. Espero um futuro feliz. Bem, feliz não é a palavra certa... Qual seria a palavra mais adequada? Não tenho tempo para pensar nisso, pois a procissão começou a ficar mais rápida. Que ritmo é esse? Que passo rápido é esse? Sinto arrogância nesses pés e não posso admitir que isso continue. Mas eu mesmo continuo. Por quê? Sou uma espécie de marionete? Alguém que não pode se desvencilhar do seu próprio destino? E as minhas expectativas? Por favor, destino, não me cure... Deixe-me andar no ritmo de antes. Deixe-me seguir o ritmo dos fiéis. Deixe-me descobrir qual é a palavra mais adequada!

Pausa?

Entendo sua arrogância. Não haverá mais passos. 
Nunca mais terei quaisquer expectativas.
E aquela palavra?

Não dá tempo... Que pena.
Pode juntar minhas mãos? Prometo que não irei separá-las.

Olá, destino.
A Deus.