sexta-feira, 18 de abril de 2014

Sem



O começo é suave, o final é intenso
Perceba o erro, o acerto, o perfeito
Perdoe-me então a declaração inicial
Ao lembrar que o coração está no companheiro.

Querer o todo à parte ainda é ganância?
O oxímoro perfeito de um ser definitivo
E se não há esperança em muitos aspectos
Lembre-se que há muito tempo para se editar.

Ainda há desgosto e dor e dúvida e desdém
Incorreto eu sou, andava com pressa
Aos poucos, porém, encerrei com as preces
Antes que o tempo perdido do fim me viesse.

Por ora, entendo que o desejo não tomará conta
- Lembro que o amor é bem mais importante...
E se a chuva intermitente parece infindável
A primavera, decerto, será ainda mais bela.

As palavras dela ainda ressoam na memória:
"Quanto ao tempo, que seja longo!"
Então, antes do fim, acrescento os meus pobres versos:
"Certamente, sem Ele, não seria possível..."

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Nós



"O laço que nos une é o amor..."
Onde está o amor
No discurso implacável?

"O laço que nos prende é a verdade..."
Onde está a verdade
No vosso silêncio?

"O laço que nos ata é o descanso..."
Onde está o descanso
Quando se precisa dele?

"O laço que nos amarra é a união..."
E é por isso que sinto
Nós em volta do pescoço?