segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A nuvem


Perspective

O sol ainda nem apareceu... Muito cedo, mais uma vez. Sono leve... Não gosto de dormir, acho mais interessante olhar para as nuvens... Elas são calmas, tranqüilas e mudam rapidamente. Gosto desse imprevisto... Também gosto das nuvens porque elas não são definitivas... Elas deixam perguntas no ar...

Não gosto do definitivo.
Do que é certo.
Do que é fiel.
Dói.

Ele está aqui comigo. Um bom companheiro. O único problema dele é não me ouvir. Fico me perguntando se ele sabe quais são os meus desejos, meus pensamentos... Será que ele sabe que cada ponto traduz a dor? Eu falo e ele não ouve, quase preciso gritar...

Vou esquecê-lo por enquanto. Volto para a minha janela, onde um sol fraco aparece. Minha atenção está naquela nuvem... Não, não há nada de especial nela... Tampouco em mim! Perdoem-me a exclamação, mas não sou arrogante. É o costume de todas as manhãs que me traz essa certeza.

A nuvem me diz que o tempo vai mudar.

Mas o tempo não mudou faz tempo?

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