quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Desdém



Não consegue sentir...?

E naquele momento de desespero, ela surgiu. Com um olhar intenso, um olhar pra dentro da alma. Intrigando-o. Ele esqueceu o que sentia e viveu um pouco de esperança. Era uma batida fraca, que vai e volta, vai e volta... Ela parecia perfeita. As palavras eram sensatas e a sensação era boa.

- Sempre haverá mudança, não é?

Não foi de repente, pois sempre brincou de observar as pessoas e não iria ser diferente com ela. Foi observando que o olhar não era tão intenso, pois andava cega com as pessoas. Almas vazias. A batida continuava fraca. Não ia e voltava, ia e voltava? Sentia... aquele velho gosto amargo.

A velha sensação de antes.

Um som qualquer, acompanhado por um olhar distante.
Um sorriso que desponta no canto da boca.
Esperança? Não existe tal coisa.
Volte pro começo. Ouça bem.
Abrace o som morno.

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