quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Andando



- Pare.

Já estou parado há tanto tempo... Não, não me entenda mal. É apenas uma constatação. Também percebo que sempre obedeço as ordens do tempo (mesmo que dure tempo demais). É benéfico? É sadio? O tempo não responde. O relógio está preocupado em girar os ponteiros. Cruel, não há quem o detenha. 

Era o que eu achava...

Hoje entendo que esperar é diferente de parar. Em movimento, espero. As engrenagens do tempo não param? Bom saber, não me restrinjo a elas. Se o tempo é o senhor da razão, vivo na insanidade do Eterno. Se dizem que o tempo faz tudo esquecer, lembro que o perdão é divino. Descubro um velho caminho, mas único e perfeito. Sigo nesse caminho estreito, difícil e penoso, mas que traz vida. Culpa e dor? Já os troquei por felicidade há muito tempo...

- Pare! - diz o tempo.

Não mesmo.

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