quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Inércia





Pensava. Não agora, não depois, não adiante... Pensava, refletia, escolhia.
Mas agia? Era muito covarde para tanto.
Parado, lento, observava o tempo. Adorava. Idealizava. Esperava.
De repente, pausa!
O silencio se rompia e algo se quebrava no ar.
Não esperou mais. Agiu. Correu, desesperado. De súbito, soltou uma palavra e o nada saiu de sua boca.
Esperou tanto que perdera o som. O compasso. O ritmo.

O tempo lhe fora ingrato.

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