Sentado no quarto escuro, vai ouvindo música e se editando. Entende o que faz, mas nunca analisou tão profundamente. Sabe que é algo que não vem de uma experiência arrebatadora, pois inspiração nunca significou muita coisa pra ele. Apenas fixa o olhar nas coisas mais simples e extrai delas algo mais elaborado. Fascinado pela mão que paira no ar ao sentir o toque do vento. Ou pela água que cai do chuveiro e forma rios de pensamento. Acha que os pontos não são finais e que as reticências incitam o suspense. Pode ser criativo ou apenas tedioso, mas ama e sente. Vai vivendo e se editando, mas nunca mais vai deixar seus pedaços pelo caminho.
"Vai vivendo e se editando, mas nunca mais vai deixar seus pedaços pelo caminho."
ResponderExcluirIsso é uma promessa ou um desafio? Talvez seja muito difícil ter que se editar e ao mesmo tempo seguir inteiro.. Mas pode ser um contraditório possível! :)
Beijo!
Ambos, eu acho. Seria tão bom viver essa contradição, né?
ExcluirBeijo! :)