quinta-feira, 5 de julho de 2012

Oxímoro

"Você é como as folhas que se aquecem ao sol...
Eu sou como as raízes que crescem na escuridão."
  
Só sabe andar despreocupadamente e com música nos ouvidos.
- Por acaso, não foi você quem me ensinou isso?
Todos se interessam, todos admiram, todos querem...
Mas todos conhecem?

Só sei andar com a mão nos bolsos e com música nos ouvidos.
- Por acaso, não foi você quem me ensinou isso?
A ninguém interessa, ninguém quer ver, a ninguém...
Por quê?

Como pode algo que expressa ausência ser tão visível?
Uma saudade tão presente...
Que, de alguma forma, me deixou dormente
E me fez mais insensível.

Eu prefiro o abstrato e você, o concreto.
Eu vivo esbarrando no real e você, na fantasia.
Uma cruel ironia entender esse aspecto?
Então saiba que te conto um conto em tom de poesia.

P.s.: Para Jhon. Por seu dia.

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