Aquele abraço o transportou para um outro lugar. Estava em outra casa, abraçando outra pessoa, mas o sentimento era o mesmo. Ele era criança e sua mãe acariciava seu cabelo. Não lembrava o motivo - havia caído no quintal ou perdera o brinquedo que tanto gostava? -, mas o detalhe não importava. Lembrou-se apenas do amor que sentia e do carinho que havia por trás de cada ato. Pequenos detalhes que pareciam eternos...
Pareciam...
Uma ida ao hospital e a mãe não estava mais ali. Estava sozinho no mundo. O pai tornara-se a sombra do que fora um dia. O seu olhar carregava amargura e rancor. Dizia ao filho que o amava, mas seus olhos o traíam. Castigava-se, mas não conseguia evitar a raiva que sentia ao ver a esposa amada no filho. Não havia mais carinho, amor, casa ou abraço.
O filho cresceu, tornou-se homem, se casou. Construiu sua própria casa. Poderiam haver abraços infindáveis. Aos poucos, voltou para aquela casa, para aquele carinho, para aquele amor...
- Para o abraço dela.
Texto lindo.
ResponderExcluirÉ disso que eu falo, tu leva a gente para dentro da cena, e podemos sentir de perto a expressão dos personagens...
Beijo!
Assim eu fico encabulado! hahahah
ExcluirValeu, Tuany! :D
Que texto lindo, adorei!
ResponderExcluirParabéns!!
beijo
Obrigado pelo elogio, Ana!
ExcluirBeijo!